1 x de R$71,90 sem juros | Total R$71,90 | |
2 x de R$35,95 sem juros | Total R$71,90 | |
3 x de R$23,97 sem juros | Total R$71,90 | |
4 x de R$17,98 sem juros | Total R$71,90 | |
5 x de R$14,38 sem juros | Total R$71,90 | |
6 x de R$11,98 sem juros | Total R$71,90 | |
7 x de R$10,27 sem juros | Total R$71,90 | |
8 x de R$8,99 sem juros | Total R$71,90 | |
9 x de R$7,99 sem juros | Total R$71,90 | |
10 x de R$7,19 sem juros | Total R$71,90 | |
11 x de R$6,54 sem juros | Total R$71,90 | |
12 x de R$5,99 sem juros | Total R$71,90 |
Em Cinzas do Norte, o amazonense Milton Hatoum aprofunda o projeto narrativo de seus livros anteriores - Relato de um certo Oriente e Dois irmãos -, ampliando o foco além do mundo familiar para escrever a "história moral" de sua geração.
Cinzas do Norte, terceiro romance de Milton Hatoum, é o relato de uma longa revolta e do esforço de compreendê-la. Na Manaus dos anos 1950 e 1960, dois meninos travam uma amizade que atravessará toda a vida. De um lado, Olavo, de apelido Lavo, o narrador, menino órfão, criado por dois tios mal-e-mal remediados, que cresce à sombra da família Mattoso; de outro, Raimundo Mattoso, ou Mundo, filho de Alícia, mãe jovem e mercurial, e do aristocrático Trajano.
No centro das ambições de Trajano está a Vila Amazônia, palacete junto a Parintins, sede de uma plantação de juta e pesadelo máximo de Mundo. A fim de realizar suas inclinações artísticas, ou quem sabe para investigar suas angústias mais profundas, o jovem engalfinha-se numa luta contra o pai, a província, a moral dominante e, para culminar, os militares que tomam o poder em 1964 e dão início à vertiginosa destruição de Manaus. Nessa luta que se transforma em fuga rebelde, o rapaz amplia o universo romanesco, que alcança a Berlim e a Londres irrequietas da década de 1970, de onde manda sinais de vida para o amigo Lavo, agora advogado, mas ainda preso à cidade natal.
Outros fios completam o tecido ficcional de Cinzas do Norte: uma carta que o tio Ranulfo envia a Mundo, uma outra que este deixa como legado para o amigo de infância. São versões e revelações que se cruzam ou desencontram, sem jamais chegar a esgotar o enigma de uma vida singular ou a diminuir a dor da derrota final, às mãos da doença, da solidão e da violência. Neste livro, Hatoum escreve uma "história moral" de sua geração.